Por que descobrimos que o nível de maturidade não está bom apenas no dia da auditoria?
É impressionante ver a quantidade de empresas que suam a camisa e investem muito capital intelectual e financeiro, a fim de atingir níveis de excelência em seus processos e perdem tudo no ano da re-certificação ou no próximo ciclo de auditoria.
Tais níveis acabam sendo perdidos muito mais rápidos do que conquistados, como por exemplo o CMMI nível 5, MPS.BR nível “A”, Normas ISO, Six Sigma, Gerenciamento de Projetos – nível Mensure conforme o OPM3, CobiT nível 5 (otimizado ou ainda, ITIL com nível 5) – e Processos Gerenciados.
Aliás, bater na mesma tecla já é de conhecimento de todos, não adianta se preparar para a certificação ou re-certificação, se não mantermos os processos “vivos”. Isto é, se for para “inglês ver”, é preferível não gastar dinheiro com tal projeto.
Fatos ouvidos em empresas que perderam seus níveis e podem servir como Base de Lições Aprendidas para os futuros certificados:
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Não tinha ferramenta para a gestão dos processos
Aqui há um equivoco dos profissionais que dizem que o importante são os processos, e que a ferramenta é puramente uma automatização dos mesmos, um investimento posterior.
Quem sabe a verdade, que o diga, não é nada fácil gerir processos que precisam ser monitorados, gerenciados, medidos sem uma ferramenta adequada.
E aqui um alerta, não precisa de ferramenta de altíssimo custo, uma planilha eletrônica ou um editor de texto podem ser bem apropriados.
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Não existia um “dono” do processo, nem um “auditor” interno
Quando existia, o profissional se desligou da empresa, algumas vezes com o mesmo discurso: “Gosto de implantar processos, mas no dia a dia se torna monótono”.
Avalie na contratação, desde o início da construção do processo ou da metodologia, um profissional comprometido para também comandar o operacional.
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Falta de evidências
Falta de evidência acaba sendo causado pela falta de um dos itens anteriores, já que não havia ninguém para exigir e nem uma ferramenta para armazenar os dados ou medir a falta dos mesmos;
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Ausência de um patrocinador
Um patrocinador forte se torna bom para garantir a conclusão do projeto. Porém, após a entrega, tem uma tendência de queda, já que a motivação dele era apenas a entrega do produto ou do serviço.
Avalie sempre se o patrocinador do projeto será o mesmo do processo. Erros ocorrem aqui, principalmente quando há uma confusão de papéis, ou seja: o cliente nem sempre é o patrocinador e vice-versa.
Esses são alguns pontos mais críticos, já que não adianta somente obter a certificação, ter uma boa ferramenta de gestão, pessoas, produtos gerados e evidências.
Encare estes itens como risco do projeto, então planeje o tratamento e a monitoração de cada um deles e boa sorte!
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